Vamos ser bem diretos: a dúvida sobre o ressarcimento do INSS é uma das mais comuns entre trabalhadores e aposentados. Afinal, quem não quer ter de volta um dinheiro que foi pago indevidamente? Seja por contribuições que ultrapassaram o teto, seja por um desconto surpresa na sua aposentadoria, o dinheiro é seu por direito. E a boa notícia é que o processo para recuperá-lo, apesar de burocrático, é totalmente possível.
Neste guia completo, vamos desmistificar o assunto, mostrar os dois principais cenários de ressarcimento e te dar o mapa da mina para que você saiba exatamente o que fazer. Vamos juntos?
Este é o caso mais frequente entre os trabalhadores ativos. A situação costuma acontecer com quem tem mais de um emprego formal (contrato CLT) ou com aqueles que somam o trabalho CLT com o serviço autônomo (como um MEI ou profissional liberal). A conta é a seguinte: cada empregador ou fonte de renda desconta o INSS sobre o salário, mas a soma de todas essas contribuições não pode ultrapassar o teto máximo definido pelo próprio Instituto.
O teto do INSS é o valor máximo que um segurado pode receber de aposentadoria ou benefício e, consequentemente, é o limite para a contribuição. Esse valor é atualizado anualmente, e o que você paga a mais é chamado de “contribuição a maior” — e é exatamente esse valor que você tem direito de volta.
Imagine a seguinte situação:
A lei é clara: o desconto total não pode ultrapassar o valor máximo de contribuição para o ano.
Para calcular o valor a ser ressarcido, a Receita Federal e o INSS levam em conta a diferença entre o que foi pago e o que deveria ter sido pago. Mas não para por aí! Esse valor não volta seco. Ele é corrigido pela Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira. A correção é aplicada desde o mês do pagamento indevido até o mês anterior ao do ressarcimento, e depois é acrescida de 1% no mês em que o dinheiro é devolvido. Isso garante que seu dinheiro não perca poder de compra.
Este segundo cenário afeta diretamente os aposentados e pensionistas. Sabe aquele extrato de pagamento de benefício que você consulta? Às vezes, ele pode vir com um desconto misterioso, referente a uma associação, um sindicato ou até mesmo um seguro que você jurava que não havia autorizado. Esses são os chamados descontos indevidos.
Muitas vezes, a autorização para esse tipo de desconto é feita de forma irregular, sem a plena ciência e concordância do beneficiário. É uma prática que tem sido combatida pelo próprio INSS, que se uniu ao Ministério Público Federal para criar um acordo de ressarcimento.
Esse acordo prevê a devolução de valores para os segurados que tiveram descontos não autorizados por associações ou sindicatos entre março de 2020 e março de 2025 e que já contestaram ou contestarem esses descontos nos canais oficiais. A grande vantagem é que, ao invés de ter que entrar com um processo judicial, você pode resolver tudo de forma mais rápida e simples.
É nesse momento que os criminosos agem. Eles se aproveitam do acordo de ressarcimento para aplicar golpes. Lembre-se:
Agora que você já entendeu as duas situações, vamos ao que interessa: como solicitar o seu dinheiro de volta.
Não podemos falar de ressarcimento sem mencionar os prazos. A legislação brasileira estabelece que o prazo para solicitar a restituição de valores pagos a mais ao INSS é de 5 anos, contados a partir da data do pagamento. Não perca esse prazo!
Além disso, é fundamental entender que o INSS tem um prazo para analisar seu pedido. Esse tempo pode variar dependendo da complexidade do caso e da demanda do órgão. O importante é acompanhar o status do seu pedido pelo aplicativo Meu INSS ou pelo Portal e-CAC.
Se, por algum motivo, o seu pedido de ressarcimento for negado, não desanime. Você tem o direito de entrar com um recurso administrativo contra a decisão do INSS. Você pode fazer isso pelo próprio site ou aplicativo, explicando os motivos pelos quais você acredita que a decisão deve ser reconsiderada. Se ainda assim a decisão for mantida, a próxima etapa é buscar um advogado para entrar com uma ação judicial.
Receber ressarcimento do INSS não é um favor, é um direito seu. O sistema pode parecer complexo, mas com as informações certas, você pode tomar as rédeas da situação. A dica mais importante é ser proativo: cheque sempre seu extrato de pagamento, revise suas guias de contribuição e, em caso de dúvida, procure os canais oficiais do INSS e da Receita Federal.
Agora que você tem o guia completo, que tal começar a verificar seus extratos hoje mesmo? E se surgir mais alguma dúvida, estamos aqui para te ajudar.
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