Mais de 1 milhão de aposentados irão receber mensagens avisando sobre devolução dos valores descontados indevidamente
Recentemente, muitos aposentados e pensionistas têm sido vítimas de descontos indevidos em seus benefícios, feitos por associações ou entidades sem a devida autorização. Diante dessa situação, o INSS, em conjunto com o Governo Federal, está agindo para garantir a devolução desses valores. A boa notícia é que o governo está, sim, avisando os beneficiários sobre o direito à restituição, mas é fundamental estar atento aos canais oficiais de comunicação para não cair em golpes.
O objetivo é que esses valores, muitas vezes descontados por anos, retornem para o bolso de quem de direito, corrigidos pela inflação (IPCA). Essa iniciativa representa um alívio significativo para milhares de famílias que, muitas vezes, dependem exclusivamente do benefício do INSS para suas despesas básicas. A medida visa não apenas restituir o que foi tirado indevidamente, mas também reforçar a segurança e a transparência nas operações do sistema previdenciário brasileiro.
É crucial saber identificar se a mensagem é realmente oficial para evitar golpes. A criatividade dos golpistas é grande, e eles se aproveitam de qualquer oportunidade para enganar. Por isso, preste muita atenção aos detalhes. O INSS e o Governo Federal utilizam canais específicos e com características de segurança que você precisa conhecer:
Canal oficial do Governo Federal no WhatsApp: As mensagens são enviadas exclusivamente por este canal. A característica mais importante para identificar a autenticidade é o selo de verificação (um tique verde ao lado do nome do contato). Se o contato não tiver esse selo, desconfie imediatamente. O nome do contato geralmente será “Governo do Brasil” ou “INSS – Serviço Oficial”.
Sem links externos suspeitos: As mensagens não incluem links para que você clique e seja direcionado a sites desconhecidos. O objetivo é evitar que você caia em páginas falsas (phishing) que roubam seus dados. Qualquer link em uma mensagem que parece ser do INSS, mas não veio de um canal verificado, é um sinal de alerta.
Não pedem dados pessoais ou bancários: O INSS nunca solicitará seus dados pessoais (como número do CPF completo, data de nascimento, nome da mãe), senhas (do Meu INSS ou de banco) ou informações bancárias (número de conta, agência, senha do cartão) por WhatsApp, SMS, e-mail ou telefone para realizar a devolução. Eles já possuem essas informações. Se alguém pedir, é golpe.
Não cobram taxas: O processo de devolução é totalmente gratuito. Cuidado redobrado com qualquer cobrança de taxa para “agilizar” o recebimento, “liberar” o valor ou “desbloquear” o acesso. Isso é uma tática comum de golpistas.
O que fazer se você recebeu um aviso e tem direito à devolução?
Mesmo que o INSS avise, o reembolso, na maioria dos casos, não é automático e requer uma confirmação de adesão por parte do beneficiário. Essa adesão é simples, mas deve ser feita pelos canais oficiais para garantir sua segurança e a efetividade do processo. É a sua forma de validar que você reconhece o desconto indevido e deseja o ressarcimento.
Pelo aplicativo ou site Meu INSS: Esta é a forma mais recomendada, por ser segura e acessível a qualquer hora.
Acesse o aplicativo ou o siteMeu INSS com seu CPF e senha da conta Gov.br. Certifique-se de que sua conta Gov.br tenha nível prata ou ouro, pois são os níveis de segurança exigidos para transações mais sensíveis. Se não tiver, você pode elevar o nível da sua conta de forma online.
No menu inicial, após fazer login, procure por “Consultar Pedidos”. Este campo lista todas as solicitações e processos relacionados ao seu benefício.
Clique em “Cumprir Exigência” em cada pedido que se referir a descontos indevidos. O sistema mostrará claramente quais pedidos estão relacionados a essa devolução.
Role a tela até o final, leia atentamente os termos e condições do acordo. É importante entender o que você está confirmando.
No campo “Aceito Receber”, selecione a opção “Sim”. Essa é a sua manifestação de concordância.
Clique em “Enviar” para finalizar a solicitação. Após o envio, você poderá acompanhar o status do seu pedido pelo próprio Meu INSS.
Importante: Para pessoas com 80 anos ou mais, indígenas ou quilombolas, a contestação e o ressarcimento podem ser feitos de modo automático pelo INSS. Para os demais, é preciso realizar a adesão ao acordo, seguindo os passos acima. Essa exceção se dá pela vulnerabilidade e dificuldades de acesso à tecnologia de parte desses grupos.
Pelo telefone 135: Uma alternativa para quem tem dificuldades com a internet.
Ligue para a Central de Atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h (horário de Brasília).
Ao ser atendido, informe seu CPF e explique claramente que deseja verificar sobre a devolução de descontos indevidos no seu benefício e confirmar sua adesão ao acordo.
O atendente poderá orientá-lo sobre o processo, verificar se você tem direito e, se for o caso, auxiliar na confirmação da sua adesão ao acordo de forma segura. Lembre-se que, por telefone, o INSS nunca pedirá sua senha ou informações bancárias completas.
Nas agências dos Correios (em alguns casos):
Em alguns convênios e localidades, a adesão ao acordo também pode ser feita presencialmente em agências dos Correios habilitadas para este serviço.
Para isso, é necessário levar um documento de identificação com foto (RG, CNH) e o número do seu CPF. Verifique previamente se a agência dos Correios mais próxima oferece esse serviço específico.
INSS começa a notificar via WhatsApp/Reprodução
Como saber se você teve descontos indevidos?
Identificar um desconto indevido é o primeiro passo para buscar a restituição. Você pode verificar se houve descontos não autorizados em seu benefício acessando o extrato de pagamento:
Pelo Meu INSS: Acesse o Meu INSS, vá em “Extrato de Pagamento”. Este extrato detalha todos os valores creditados e descontados do seu benefício mensal. Procure por rubricas (descrições) de descontos de associações, sindicatos, ou outras entidades que você não reconheça ou não tenha autorizado formalmente. Os descontos de associações ou sindicatos sem sua devida autorização são os mais comuns e alvos dessa operação de devolução.
Pelo telefone 135: Ligue para a Central 135 e solicite informações detalhadas sobre os descontos em seu benefício. O atendente poderá ler as rubricas do seu extrato e esclarecer dúvidas.
Se você identificar um desconto que não autorizou, é fundamental contestá-lo o quanto antes. O processo de devolução visa corrigir essas irregularidades e proteger o seu direito.
Os valores são creditados em parcela única e são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A correção monetária é essencial para que o poder de compra do valor a ser devolvido não seja corroído pela inflação ao longo do tempo. O prazo inicial para adesão ao acordo pode ir até 14 de novembro de 2025, mas é sempre bom confirmar nos canais oficiais, pois pode haver prorrogações ou ajustes, dependendo do andamento da operação e da demanda dos beneficiários.
O que são os golpes relacionados a essa devolução?
Com a notícia da devolução dos valores, golpistas aproveitam a oportunidade e a vulnerabilidade dos segurados para tentar enganar. É um momento em que a atenção e a desconfiança precisam ser redobradas. Fique atento a:
Links suspeitos: Mensagens com links para sites desconhecidos que pedem seus dados. Mesmo que o link pareça com o do INSS, preste atenção aos detalhes (erros de digitação, domínios estranhos).
Pedidos de dados pessoais e financeiros: NUNCA, em hipótese alguma, forneça seu CPF completo, senha do Meu INSS, dados bancários (número de cartão de crédito, código de segurança), ou senhas de banco por telefone, SMS, WhatsApp ou e-mail. O INSS e os bancos já possuem suas informações e não as pediriam dessa forma.
Cobrança de taxas para “liberar” o valor: O INSS não cobra NENHUM valor para realizar a devolução. Qualquer um que peça dinheiro para “agilizar”, “desbloquear” ou “liberar” seu benefício está tentando te aplicar um golpe.
Promessas de agilidade ou valores “extraordinários”: Desconfie de quem promete “acelerar” o processo em troca de dinheiro ou dados, ou que diga que você tem direito a um valor muito maior do que o esperado sem justificativa clara.
Lembre-se: O INSS não entra em contato por telefone para pedir dados pessoais ou senhas. Toda a comunicação sobre a devolução e a adesão ao acordo é feita pelos canais oficiais (Meu INSS, WhatsApp oficial do governo com selo de verificação, ou presencialmente em agências dos Correios/INSS). A proatividade do governo em comunicar pelo WhatsApp é uma forma de inclusão, mas exige a sua vigilância.
Canais oficiais do INSS para contato e informações:
Aplicativo e site Meu INSS: Acesse pelo site www.gov.br/meuinss ou baixe o aplicativo em seu celular (disponível para Android e iOS). O Meu INSS é a principal ferramenta para gerenciar seu benefício.
Central de Atendimento 135: Ligue de segunda a sábado, das 7h às 22h (horário de Brasília). A ligação é gratuita se feita de telefone fixo ou orelhão. Para ligações de celular, o custo é o de uma chamada local.
WhatsApp do Governo Federal (com selo de verificação): O número oficial do Governo do Brasil no WhatsApp é o (61) 99340-2782. Verifique sempre o selo verde de verificação ao lado do nome do contato para ter certeza de que é o canal oficial.
Em caso de dúvidas, sempre procure as fontes oficiais. Não compartilhe informações pessoais ou financeiras com terceiros e desconfie de qualquer contato que não venha dos canais mencionados acima. Sua segurança e a proteção do seu benefício são a prioridade!
Você já verificou se tem algum desconto indevido no seu benefício? Ou conhece alguém que passou por isso? Compartilhe essa informação valiosa para que mais pessoas fiquem protegidas e consigam reaver o que lhes é de direito!