Restituição do Imposto de Renda terá mais um lote de pagamento em breve

Data: 14/07/2025
Por: Bernardo

Receita Federal realiza 3º lote de pagamento do Imposto de Renda em 2025

As datas de restituição do Imposto de Renda são um tema de grande interesse para milhões de brasileiros anualmente. Saber quando e como receber o valor devido pela Receita Federal é crucial para o planejamento financeiro de muitas famílias. Como seu amigo aqui do blog, vou te guiar por todo o processo, explicando desde o que é a restituição até como consultar e o que fazer se o dinheiro não cair na sua conta. Vamos juntos desvendar esse mistério?

Restituição do Imposto de Renda: o que é e por que acontece?

Para começar, vamos entender o básico: o que é a restituição do Imposto de Renda e por que ela existe?

Simplificando, a restituição do Imposto de Renda é a devolução de um valor que você pagou a mais de imposto ao longo do ano. Parece estranho, né? Mas é bem comum e acontece por alguns motivos.

Durante o ano, uma parte do seu salário, proventos ou até mesmo de outros rendimentos pode ser retida na fonte, ou seja, um valor é descontado diretamente para o pagamento do Imposto de Renda. Essa retenção é uma estimativa do imposto que você terá que pagar.

No entanto, ao fazer a sua Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), você informa à Receita Federal todas as suas rendas, mas também todas as suas despesas dedutíveis. O que são despesas dedutíveis? São gastos que a Receita permite que você abata do seu imposto, diminuindo o valor final a ser pago. Exemplos clássicos são:

  • Gastos com educação: Mensalidades de creches, escolas, faculdades e cursos técnicos.
  • Gastos com saúde: Consultas médicas, exames, internações, planos de saúde.
  • Despesas com dependentes: Valores fixos por cada dependente que você tem.
  • Contribuições à Previdência Social: Valores pagos ao INSS ou outras previdências oficiais.
  • Previdência privada (PGBL): Contribuições para planos do tipo PGBL.
  • Pensão alimentícia: Valores pagos por decisão judicial ou acordo homologado.

Quando a soma das suas retenções na fonte é maior do que o imposto que você realmente deveria ter pago (após abater todas as despesas dedutíveis), surge a restituição. É a Receita Federal te devolvendo o que foi cobrado a mais.

A restituição é uma forma de equilibrar as contas, garantindo que o contribuinte pague apenas o imposto que de fato lhe é devido, considerando sua situação financeira completa. É por isso que é tão importante preencher a declaração com atenção e informar todas as suas deduções.

Confira o vídeo completo no YouTube:

https://www.youtube.com/@InssPassoaPassoOficial

Calendário da restituição do Imposto de Renda 2025 (ano-base 2024)

Ah, a pergunta de um milhão de dólares! “Quando sai a minha restituição?”. A Receita Federal, como de costume, divulga um calendário oficial de pagamentos, que é válido para quem entregou a declaração dentro do prazo estipulado.

Para o Imposto de Renda 2025, que se refere aos rendimentos e despesas do ano de 2024, as datas de pagamento da restituição são as seguintes:

  • 1º Lote: 30 de maio de 2025
  • 2º Lote: 30 de junho de 2025
  • 3º Lote: 31 de julho de 2025
  • 4º Lote: 29 de agosto de 2025
  • 5º Lote: 30 de setembro de 2025

É fundamental ficar de olho nessas datas. Os pagamentos são feitos em lotes mensais, e a Receita Federal geralmente libera a consulta para cada lote alguns dias antes da data do crédito. Fique atento aos comunicados oficiais da Receita ou acompanhe por aqui!

E os lotes residuais?

Além dos cinco lotes principais, existem os lotes residuais. Esses são para os contribuintes que, por algum motivo, não receberam sua restituição nos lotes principais. Isso pode acontecer se você caiu na malha fina – ou seja, sua declaração apresentou alguma inconsistência – e depois regularizou sua situação.

Os lotes residuais são liberados após o encerramento do calendário principal, geralmente a partir de outubro, e também seguem a ordem de prioridade. Se você se encaixa nessa situação, a primeira coisa a fazer é resolver a pendência com a Receita para que sua declaração seja processada corretamente.

A correção da restituição: Selic em ação!

Uma boa notícia é que o valor da sua restituição é corrigido pela taxa Selic! Essa é a taxa básica de juros da economia, e ela é usada como referência para a correção de diversos valores, incluindo a sua restituição.

A correção começa a ser aplicada a partir do mês seguinte ao do prazo final de entrega da declaração (geralmente junho). Ou seja, quanto mais tempo seu dinheiro ficar com a Receita, maior será a correção aplicada.

Por exemplo, se você for restituído no 5º lote, o valor será corrigido pela Selic acumulada desde junho até setembro. É um pequeno “extra” que ajuda a compensar o tempo de espera.

Ordem de prioridade na restituição: quem recebe primeiro?

A Receita Federal não libera a restituição de forma aleatória. Existe uma ordem de prioridade bem definida, estabelecida por lei. Entender essa ordem pode te ajudar a ter uma ideia de quando você pode esperar seu dinheiro. Veja só os grupos prioritários:

  1. Idosos com idade igual ou superior a 80 anos: Este é o grupo com maior prioridade, reconhecendo a urgência e as necessidades de uma população mais velha.
  2. Idosos com idade igual ou superior a 60 anos, pessoas com deficiência e portadores de moléstia grave: Logo em seguida, vêm os idosos um pouco mais jovens, pessoas com deficiência física ou mental e aqueles que possuem doenças graves, como câncer, AIDS, cardiopatias graves, entre outras (a lista completa está na legislação).
  3. Contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério: Professores e outros profissionais da área da educação que trabalham no ensino também têm prioridade, um reconhecimento à importância da categoria.
  4. Contribuintes que utilizaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram por receber a restituição por Pix: Essa é uma novidade que incentiva o uso da declaração pré-preenchida (que já vem com muitas informações automaticamente) e do Pix como meio de recebimento. Essa combinação agiliza o processamento e, por isso, confere prioridade.
  5. Demais contribuintes: Por fim, vêm todos os outros contribuintes que não se encaixam nas categorias anteriores.

Critério de desempate: a data de entrega da declaração

Dentro de cada grupo de prioridade (exceto para os que usam a pré-preenchida e Pix, que já têm prioridade extra), o que define quem recebe primeiro é a data de entrega da declaração.

Isso significa que, se você e seu vizinho se encaixam na mesma categoria de prioridade (ambos são idosos com mais de 80, por exemplo), quem entregou a declaração primeiro receberá a restituição antes. Por isso, a dica de ouro é: não deixe para a última hora! Quanto antes você enviar sua DIRPF, maiores serão suas chances de receber sua restituição nos primeiros lotes.

Como consultar a sua restituição?

A ansiedade é grande, a gente sabe! Por isso, saber como consultar a situação da sua restituição é fundamental. A Receita Federal oferece algumas ferramentas bem fáceis de usar:

1. Pelo site da Receita Federal (Portal Gov.br)

Esta é a forma mais comum e acessível de consultar. Você pode fazer isso de qualquer computador ou celular com acesso à internet:

  • Acesse o Portal Gov.br e procure pela área de “Meu Imposto de Renda”.
  • Dentro dessa área, localize a opção “Consultar Restituição”.
  • Você precisará informar seu CPF, sua data de nascimento e o ano da declaração (no caso, 2025, referente ao ano-base 2024).
  • Preencha o captcha de segurança e clique em “Consultar”.

O sistema informará se sua restituição já foi processada, se está em fila de espera ou se há alguma pendência na sua declaração.

2. Pelo aplicativo “Meu Imposto de Renda”

Para quem gosta da praticidade do celular, o aplicativo oficial da Receita Federal, chamado “Meu Imposto de Renda”, é uma excelente ferramenta. Ele está disponível para sistemas Android e iOS.

Com o aplicativo, além de poder consultar a situação da sua declaração e da sua restituição, você também pode:

  • Preencher e enviar a declaração (se for um caso simples).
  • Retificar a declaração.
  • Consultar pendências.
  • Acessar o extrato da declaração.

É super prático e você pode acompanhar tudo na palma da sua mão.

3. Pelo portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento)

Para uma consulta mais detalhada e para resolver possíveis problemas com a sua declaração, o Portal e-CAC é a ferramenta mais completa. Ele exige um nível de segurança maior para acesso:

  • Você pode acessar o e-CAC usando sua conta Gov.br (nível Prata ou Ouro) ou com um certificado digital.
  • Uma vez logado, procure pelo menu “Declarações e Demonstrativos”.
  • Dentro dele, clique em “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”.

Nesta seção, você terá acesso a um extrato completo da sua declaração, podendo verificar:

  • Processamento da declaração: Se ela foi processada, se há inconsistências ou se caiu na malha fina.
  • Pendências: Quais são as pendências, caso sua declaração tenha sido retida.
  • Histórico de restituições: Quais lotes de restituição já foram pagos para você.

O e-CAC é a ferramenta ideal se sua restituição demorar para cair ou se você receber alguma notificação da Receita Federal sobre sua declaração.

Restituição “não resgatada na rede bancária”: o que fazer?

Pode acontecer de, por algum motivo, você não resgatar o valor da sua restituição dentro do prazo de um ano após a data de liberação do lote. Se isso acontecer, o valor não fica “perdido” para sempre, mas ele volta para a Receita Federal.

Se você se encontrar nessa situação, não se desespere! É possível solicitar novamente o crédito. O procedimento é o seguinte:

  1. Acesse o Portal e-CAC: Como mencionei antes, você precisará de uma conta Gov.br (nível Prata ou Ouro) ou de um certificado digital.
  2. Vá em “Declarações e Demonstrativos”: No menu principal do e-CAC, procure por essa opção.
  3. Clique em “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”: Dentro dessa seção, você verá várias opções relacionadas à sua declaração.
  4. Selecione “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”: É uma opção específica para essa situação.
  5. Preencha os dados solicitados: Você precisará informar seus dados bancários novamente.

Após a solicitação, a Receita Federal fará a análise e, se tudo estiver correto, o valor será depositado na conta indicada. Fique atento aos prazos de processamento após a solicitação.

Restituição do Imposto de Renda
Restituição do IR 2025 já começou/Reprodução

Caí na malha fina: e agora?

Cair na malha fina é uma preocupação comum para muitos contribuintes. Mas o que isso significa? Basicamente, é quando a sua declaração de Imposto de Renda apresenta alguma divergência ou inconsistência de informações que a Receita Federal detecta.

Isso não significa necessariamente que você cometeu um erro ou fraude, mas sim que há algo que precisa ser esclarecido. As causas mais comuns para cair na malha fina incluem:

  • Divergência de rendimentos: O valor que sua fonte pagadora (empresa, INSS, etc.) informou à Receita é diferente do que você declarou.
  • Deduções indevidas: Você declarou alguma despesa dedutível que não é permitida ou não tem comprovante.
  • Omissão de rendimentos: Você deixou de informar algum rendimento, como aluguéis, vendas de bens, etc.
  • Informações de dependentes: Problemas com o CPF do dependente, idade, ou se ele também declarou imposto.
  • Valores de planos de saúde/médicos: A Receita cruza os dados que os planos e médicos informam com o que você declarou.

Como resolver a malha fina?

Se ao consultar sua restituição você descobrir que caiu na malha fina, a primeira coisa a fazer é identificar a pendência. Você pode fazer isso pelo Portal e-CAC, como te expliquei. Lá, a Receita detalha qual é a inconsistência.

Com a pendência identificada, você tem duas opções principais:

  1. Retificar a declaração: Se você encontrou um erro na sua declaração (digitou um valor errado, esqueceu de informar algo, etc.), você pode enviar uma Declaração Retificadora. Isso corrige as informações e, se tudo estiver certo, sua declaração será processada e sua restituição liberada.
  2. Apresentar a documentação: Se a Receita Federal pediu algum esclarecimento ou documento, você pode agendar um atendimento ou enviar a documentação digitalmente (se for o caso) para comprovar as informações declaradas.

Não ignore a malha fina! Quanto antes você resolver, mais rápido sua situação será regularizada e sua restituição poderá ser liberada.

Dicas para garantir sua restituição sem dor de cabeça

Para evitar problemas e garantir que sua restituição chegue certinha na sua conta, aqui vão algumas dicas de amigo:

  • Organize seus documentos durante o ano: Não espere a época da declaração para juntar recibos de médicos, comprovantes de pagamentos de planos de saúde, comprovantes de rendimentos, etc. Tenha tudo organizado.
  • Use a declaração pré-preenchida: Se você tem certificado digital ou conta Gov.br nível Prata ou Ouro, aproveite a declaração pré-preenchida. Ela já vem com muitos dados informados pela Receita e suas fontes pagadoras, diminuindo a chance de erros e te dando prioridade na restituição.
  • Opte pelo Pix como forma de recebimento: Além de ser prático e rápido, escolher o Pix como chave de recebimento da restituição garante prioridade no pagamento. Certifique-se de que a chave Pix informada é o seu CPF.
  • Declare todas as fontes de renda: Não omita rendimentos. A Receita cruza dados com bancos, empresas, imobiliárias, etc. A omissão é uma das principais causas de malha fina.
  • Revise tudo antes de enviar: Antes de apertar o botão de “Enviar”, revise sua declaração com calma. Verifique todos os valores, CPFs de dependentes, despesas. Um erro de digitação pode te dar uma grande dor de cabeça.
  • Consulte a situação da declaração regularmente: Depois de enviar, use o e-CAC ou o aplicativo para acompanhar o processamento. Assim, se cair na malha fina, você saberá rapidamente e poderá resolver.
  • Fique atento aos comunicados da Receita: A Receita Federal se comunica por meio de seus canais oficiais. Desconfie de e-mails ou mensagens de texto que peçam dados bancários ou que pareçam golpes.

A restituição do Imposto de Renda é um direito do contribuinte e uma etapa importante do ciclo tributário anual. Entender as datas, as prioridades e como consultar é o primeiro passo para garantir que você receba o valor que é seu por direito. Lembre-se, a Receita Federal está ali para garantir a conformidade fiscal, e um preenchimento correto e a organização são seus melhores aliados.

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