Amigo leitor, vamos conversar sobre um assunto que impacta diretamente os cofres públicos e, consequentemente, a vida de todos nós: as fraudes no Seguro-Defeso. Recentemente, surgiram notícias alarmantes sobre bilhões de reais pagos pelo INSS a “pescadores-fantasma” em diversas cidades do país, especialmente na região amazônica. Essa situação é preocupante, pois desvia recursos que deveriam amparar os verdadeiros pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca.
Mas calma, nem tudo é notícia ruim! O governo e o INSS estão cientes do problema e vêm implementando medidas para apertar o cerco contra essas irregularidades.
Primeiro, vamos entender o que é o Seguro-Defeso. Ele é um benefício de seguro-desemprego especial pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao pescador artesanal que exerce sua atividade de forma ininterrupta e que é impedido de pescar durante o período de defeso. Esse período é estabelecido para a reprodução das espécies aquáticas, sendo crucial para a sustentabilidade ambiental e a preservação dos estoques pesqueiros.
O objetivo do seguro Defeso é garantir uma renda mínima para esses trabalhadores, permitindo que eles e suas famílias não fiquem desamparados enquanto a pesca está proibida. É um direito social importante, mas que, infelizmente, tem sido alvo de esquemas fraudulentos.
As investigações apontam para um cenário preocupante. Somente em 2024, o benefício do Seguro-Defeso consumiu R$ 5,9 bilhões dos cofres públicos. Há relatos de que o desvio mensal pode chegar a R$ 130 milhões, com um montante de R$ 1,5 bilhão que teria sido fraudado em 436 mil pedidos em 1.340 cidades, segundo investigações da Polícia Federal em anos anteriores.
A expressão “pescadores-fantasma” se refere a indivíduos que são registrados como pescadores artesanais, mas que, na verdade, não exercem a atividade ou não cumprem os requisitos para receber o benefício. Eles podem ser pessoas que já têm outro emprego formal, recebem outros benefícios previdenciários (como aposentadoria ou BPC), ou que simplesmente não existem de fato, sendo apenas nomes em cadastros fraudulentos.
Os esquemas de fraude geralmente envolvem:
As investigações mostram que as regiões Norte e Nordeste concentram a maior parte dos registros de pescadores e, consequentemente, a maior incidência de fraudes. O Maranhão e o Pará são estados com um número expressivo de pescadores inscritos, o que naturalmente os coloca no centro das atenções das fiscalizações. Cidades como Mocajuba (PA) têm sido citadas por liderar registros irregulares.
A boa notícia é que o combate às fraudes no Seguro-Defeso é uma prioridade. O INSS, em parceria com a Polícia Federal, a Receita Federal e outros órgãos de controle, tem intensificado as ações de fiscalização e criado novos mecanismos para coibir os desvios.
Recentemente, um novo modelo de concessão do Seguro-Defeso foi regulamentado, com o objetivo de reforçar os critérios e ampliar a fiscalização. As principais medidas incluem:
A fiscalização atua em várias frentes:
É crucial reforçar que, apesar das fraudes, o Seguro-Defeso é um benefício essencial para milhares de famílias que dependem da pesca artesanal para sobreviver. Os verdadeiros pescadores são trabalhadores dedicados, que enfrentam desafios diários em sua atividade e que necessitam desse amparo financeiro durante o período de defeso.
O endurecimento das regras e o combate às fraudes visam proteger esses trabalhadores, assegurando que o dinheiro público seja bem empregado e chegue realmente a quem precisa. A burocracia excessiva ou a fiscalização mal direcionada podem prejudicar os pescadores legítimos, por isso, o equilíbrio é fundamental. O objetivo é fortalecer a proteção social e, ao mesmo tempo, garantir a integridade do sistema.
Para o pescador artesanal que cumpre os requisitos, o processo para solicitar o Seguro-Defeso é feito principalmente pela internet, através do portal Meu INSS ou do aplicativo. Veja os passos gerais:
É fundamental que o pescador artesanal esteja com seu registro atualizado e em dia, conforme as exigências do Ministério da Pesca e Aquicultura. Além disso, o pedido deve ser feito dentro do prazo, que geralmente é entre 30 dias antes da data de início do defeso até o último dia do período de defeso.
Caso haja dificuldade com o acesso online, é possível ligar para o telefone 135 para agendar um atendimento presencial em uma agência do INSS.
O combate às fraudes no Seguro-Defeso é uma batalha contínua. As autoridades estão cada vez mais equipadas com ferramentas tecnológicas e equipes especializadas para identificar e punir os responsáveis pelos desvios. A transparência e o uso inteligente dos dados são as chaves para garantir que um benefício tão importante cumpra seu papel social sem ser lesado por criminosos.
Para você, que é pescador artesanal e depende desse benefício, mantenha sempre sua documentação em dia e procure as informações oficiais do INSS e do Ministério da Pesca e Aquicultura. Para todos nós, cidadãos, é importante estar atento e, se possível, denunciar irregularidades. Afinal, cada centavo desviado faz falta para quem realmente precisa e para o desenvolvimento do nosso país.
Ao assinar a newsletter, declaro que conheço a Política de Privacidade e autorizo a utilização das minhas informações pelo INSS Passo a Passo.
Novo comunicado oficial do INSS sobre a prova de vid...
Atenção, idosos! É oficial! Agora você pode obter um...
Neste artigo, explicaremos passo a passo como emitir...
Você já pensou na possibilidade de fazer a revisão n...
Agora vamos falar sobre as revisões mais comuns do d...
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recente...